segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Retomada...


Não vou me adaptar - Nando Reis


Pooooxa, bateu uma saudade de escrever aqui, deixei minha criação abandonada por tanto tempo, que me senti um pouco culpada (rs). Todavia, como diz aquele sábio ditado popular: “antes tarde do que nunca”.

Na última sexta-feira, estava dando aulas particulares de Redação, quando propus para minha aluna que ela criasse um blog como forma de exercitar sua escrita, foi então que me lembrei do meu blog, “Em Busca...”, e à medida que o lia para ela, acabei relembrando como é bom escrever sobre certos momentos de nossas vidas, bem como sobre nossas perspectivas diante de determinados acontecimentos. Aproveitei o momento e postei logo o texto com o qual estávamos trabalhando “Eu sei, mas não devia” de Marina Colasanti. Posteriormente, prometi a mim mesma que faria uma postagem sobre o tema tratado na obra.

A idéia perpassada por Marina Colasanti em todo o seu texto é um questionamento em torno do conformismo. Trata-se de um tema tão comum na vida de todos, visto que somos obrigados diariamente a conformarmo-nos, calarmo-nos diante de injustiças, que é extremamente simples discorrer sobre ele. Essa postura acomodada interfere não só a nossa vida pessoal, mas também diz respeito à vida em sociedade de uma forma mais geral. Por conta disso, tais atitudes devem ser repensadas, pois as pessoas muitas vezes acabam se adaptando a mazelas sociais e pessoais que lhes é imposta como uma forma de poupar-se de um sofrimento maior, entretanto, isso acarreta graves consequências.

Na vida íntima de cada um, por exemplo, muitos se acostumam com a solidão por medo de viver um grande amor e sofrerem grandes decepções posteriormente; no campo da vida em sociedade, eximem-se de participar da vida política da comunidade, atuando como cidadão crítico, por sentir medo de sofrer represálias mais tarde. Sendo assim, a maior parte das pessoas preferem viver uma vida morna a se arriscar a melhorá-la, visto que se adaptaram a viver essa existência insossa por temerem constantemente a insegurança de não saber como será seu amanhã.

Essa postura inerte diante da própria existência pode até gerar comodidade e segurança, no entanto, traz à tona também uma grande insatisfação diante da vida, as pessoas não serão mais felizes agindo assim, na verdade, a vida perderá toda a emoção, viver será algo enfadonho e entediante. Engolir a todo momento suas insatisfações pode até poupar-lhe de grandes problemas, todavia, isso não o fará mais feliz. 


Portanto, rebele-se, como diz Gabriel, o pensador: “não adianta olhar pro céu como muita fé e pouca luta.”, você precisa fazer sua parte para ser Feliz. Entenda que somente você é o responsável por sua felicidade e pela qualidade de vida da sociedade. Faça sua parte: uma vez por dia diga NÃO a tendência a se adaptar...