segunda-feira, 21 de novembro de 2011





A gente sempre procura um amor que dure o mais possível. Procura, procura, talvez tu aches. Pra mim é horrível eu aceitar o fato de que eu tô em disponibilidade afetiva. Esse espaço branco entre dois encontros pode esmagar completamente uma pessoa. Por isso eu acho que a gente se engana, às vezes. Aparece uma pessoa qualquer e então tu vai e inventa uma coisa que na realidade não é. E tu vai vivendo aquilo, porque não agüenta o fato de estar sozinho.

Caio Fernando Abreu



*Esse texto dispensa explicações. Obrigada Douglas Fonseca por me apresentá-lo. 




O que devemos fazer quando tomamos consciência de que fizemos inúmeras escolhas erradas?




RECOMEÇAR, creio.



domingo, 14 de agosto de 2011






Esses últimos anos me fizeram amadurecer muito... 

Esse sorriso triste é de alguém que está vendo a vida acima do muro da ilusão.


Jailma Santos


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Carpe Diem


Ontem à noite quando voltava de Aracaju, doente (a bendita conjuntivite) e muito cansada, sentou-se uma senhora do meu lado no ônibus. Eu não estava muito bem, mas esta pessoa começou a conversar e esforcei-me para ser simpática (rs).

Tratava-se de uma senhora simples, possivelmente religiosa e de "bom coração". Uma entre todas essas suposições foi confirmada quando ela disse-me que estava voltando de um dia de orações na Igreja Batista e que estava indo conhecer sua nova casa em Cristinápolis.  Fiquei curiosa a respeito e ela confessou-me que iria casar com aquele senhor que havia entrado no ônibus ao seu lado. Foi então que entendi porque a todo instante lançava olhares para o fundo do ônibus: estava desejosa para sentar do lado de seu amado. Perguntei há quanto tempo estavam juntos e ela respondeu que havia dois meses, e eu, assustada (como a boa jovem sensata que tento ser), questionei se não era muito cedo para casar. Então ouvi uma grande verdade: "_ Meu bem, nessa idade temos que viver tudo intensamente e sem pensar muito, pois não sabemos o dia da amanhã". Calei e comecei a refletir.  Certo tempo depois algumas pessoas desceram do ônibus e ela finalmente conseguiu sentar-se ao lado do seu amor.

De tal reflexão sugiram questionamentos existenciais com respostas óbvias, porém que nem sempre colocamos em prática durante a vida. Será que é realmente preciso chegar à velhice para que tenhamos a compreensão de que a vida não é eterna? Procrastinar será mesmo o certo? E se não houver amanhã? Sofro muito desse mal: pensar demais, adiar decisões...

Às vezes “a gente tem medo de se entregar, de se envolver e acha que é cedo, que ainda temos tanto para viver, e faz tantos planos, e acha mesmo que é possível ao longo dos anos tentar prever o imprevisível”, como diz o RPM na canção Olhos Verdes, todavia, esquece o que pregou a Legião Urbana em Pais e filhos que “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar na verdade não há...”  e eu complementaria dizendo  que isso deve ser feito em qualquer fase da vida.


Abraços cordiais a todos

Amor






Amor, quantos caminhos até chegar a um beijo,
que solidão errante até tua companhia!
Seguem os trens sozinhos rodando com a chuva.
Em Taltal não amanhece ainda a primavera.
Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,
juntos desde a roupa às raízes,
juntos de outono, de água, de quadris,
até ser só tu, só eu juntos.
Pensar que custou tantas pedras que leva o rio,
a desembocadura da água de Boroa,
pensar que separados por trens e nações
tu e eu tínhamos que simplesmente amar-nos
com todos confundidos, com homens e mulheres,
com a terra que implanta e educa cravos.



Pablo Neruda





*Poema e imagem: perfeita sincronia! Neruda, deveras, encanta-me. Recomendo a todos que assistam o Carteiro e Poeta, filme que traz à tona esse grande poeta chileno. 

Abraços afetuosos

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Finalmente, o final!


Conclui meu curso de Letras/Português recentemente, faz exatamente 5 dias que estou com meu tão sonhado diploma. Estou muito feliz, pois trata-se da concretização de um sonho que começou há aproximadamente 5 anos.... 

Tempos remotos aqueles (rsrs), de lá pra cá foram muitos quilômetros percorridos (literalmente), tantas batalhas travadas e vencidas, muito mais do que conhecimento, ganhei experiência de vida. Hoje, posso afirmar que não sou mais aquela menina assustada e "iludida" que chegou à UFS no dia 29/05/2006. Embora, ainda preserve o dom da ilusão e tema também inúmeras coisas, pude vencer grandes medos e conhecer novas formas de enxergar o mundo. 

A fase pré-acadêmica, graduanda e pós-universitária tem aspectos particulares, cada uma com suas agruras e doçuras. 

Quando sonhava em passar no vestibular, no fundo achava que era apenas uma utopia, talvez, falta de fé no poder da minha força de vontade. Porém, contrariei minhas próprias expectativas e passei. Foi a fase pré-acadêmica, época de muita insegurança, mas de lutas também. 

Veio então período da graduação. Durante tempo em que estive na UFS, fiz amigos inesquecíveis, pessoas que ficarão comigo para sempre. São irmãos que a vida possibilitou-me escolher. Os melhores trabalhos, as discussões mais eloquentes, as conversas profundamente bobas, as risadas mais gostosas foram com eles. Amo demais aqueles que realmente dividiram comigo os melhores momentos!

Também foi nessa fase que percebi que a competição boba do ensino médio, por exemplo, na universidade transforma-se, numa disputa acirrada para conquistar o mestrado, o doutorado, entre outros títulos. Para isso briga-se por médias, busca-se conquistar aliados e faz-se de tudo para despertar a atenção dos mestres. Felizmente ou infelizmente não me rendi ao sistema... 


Nesse momento, estou na fase pós-acadêmica, época de testar meus conhecimentos acerca não somente da língua portuguesa, mas principalmente sobre a vida, o ser humano, afinal lido diariamente com pessoas, muitas mentes prontas para serem moldadas, gente que pode mudar o mundo. Porém, a magia de ser um PROFESSOR será assunto para o próxima postagem... rs 


Sanada a necessidade de expressão do dia, aproveito para agradecer a quem porventura ler minhas "bobeiras".


Abraços afetuosos


domingo, 10 de abril de 2011

Sim, essa sou eu!


As pessoas questionam-me sempre porque me calo diante de indivíduos ou de  certas situações, segundo elas, eu deveria gritar, espernear, xingar e brigar com os envolvidos.

No entanto, eu respondo que prefiro fingir que nem ouço certas ofensas e explico que faço isso não por medo de represálias, simplesmente por acreditar que não adianta levar minhas “verdades” para pessoas que não querem ouvi-las ou que simplesmente não estão prontas naquele instante.

Deixo que cada um viva sua vida e muitas vezes sinto pena dessas “pessoas de alma pequena que vivem remoendo pequenos problemas..." Afinal, de que adiantaria eu rebater as afrontas com outras ou com discursos moralizantes? Tratam-se de adultos com uma personalidade já (de)formada e não seria eu, com meus sermões verdadeiros ou não, que iria transformá-los em pessoas legais.

Obviamente, nem todos são um caso perdido, eu guardo meus conselhos para os meus amigos, meus familiares, meus amores e meus alunos, esses sim, eu encho de críticas, grito, esperneio se não gosto da postura deles, porque neles sim eu acredito, eu acho que podem se tornar pessoas melhores, dessa mesma forma desejo que eles também creiam em mim e façam o mesmo comigo.

Talvez seja egoísmo da minha parte, falta de fé na humanidade, mas eu não vou me desgastar querendo levar a minha verdade (que nem sei se é verdadeira) para pessoas que estão convictas de suas ideias.

E é isso, não vou sofrer por pessoas que não merecem nem minha atenção, o pior castigo para elas é, certamente, ter que suportar a si mesmo, com toda a sua arrogância, prepotência e falta de educação com próximo. 


Ah! e quanto a aqueles que contestam minha postura, lembro sempre que eles são os primeiros a não estarem prontos para ouvir as minhas verdades quando eu estou disposta a dizê-las. Isso é fato comprovado!




Abraços a todos e desculpem-me o tom de desabafo.